Após cerca de uma hora de depoimento da acusada Stéphanie Fogliatto Freitas, 31 anos, a acusação começou a explanar sobre o caso. O promotor Thomáz Coletto falou sobre o relacionamento do casal, sobre os ferimentos na vítima e na acusada, mostrou fotos do apartamento onde o casal morava e também a faca usada no crime.
A acusação falará por uma hora e meia e depois terá um intervalo para o almoço. Os trabalhos retornam a tarde com uma hora e meia para o trabalho da defesa. Ainda pode acontecer a réplica e só depois os jurados irão se reunir e definir se Stéphanie é culpada ou inocente. O julgamento acontece no prédio 13 da Universidade Franciscana (UFN) devido à reforma no prédio do fórum de Santa Maria.
O caso
Helenara Pinzon e Stéphanie Fogliatto Freitas, à época com 22 e 24 anos respectivamente, terminaram o relacionamento, mas ainda continuavam morando juntas quando o crime aconteceu.
A vítima foi encontrada morta no próprio apartamento, na Rua General Neto, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, na manhã de 5 de dezembro de 2015, após os vizinhos escutarem os pedidos de socorro e chamarem a polícia. Quando a Brigada Militar chegou ao local, encontrou Helenara sem vida com pelo menos três facadas no corpo.
Stéphanie foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) pois estava em estado de choque. Na época, ela ficou internada por um mês no Hospital Casa de Saúde, e, posteriormente, foi encaminhada para a ala feminina do Presídio Regional de Santa Maria. Stéphanie permaneceu presa preventivamente até julho de 2016, quando ganhou liberdade provisória, mantida desde então.